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NOTÍCIA

Prefeitura oferece abrigo, mas moradores de rua insistem morar nos arredores da rodoviária

Data: Sexta-feira, 29/04/2016 00:00
Fonte: Assessoria de Imprensa

    Por inúmeras vezes a Prefeitura de Juína procurou os moradores de rua que vivem no entorno da Rodoviária oferecendo abrigo, mas não obtém êxito, pois os mesmos rejeitam a ajuda e preferem continuar vivendo em situação de precária. A questão é que os comerciantes reclamam da presença dos mesmos que muitas vezes causam preocupações por conta dos meios em que vivem ali.

 

    “Morar nas ruas não é uma opção individual nem uma escolha de livre vontade de alguém. Tanto que, as Tipificações Nacionais dos Serviços Sócio Assistenciais descrevem esse público como sendo pessoas em situação de rua, homens e mulheres levados a essa situação por condições impostas como falta de trabalho e renda, rompimento dos vínculos familiares, adversidades pessoais e doenças, fatores ligados a desastres geográficos, e outros. Porém, em Juína a realidade é outra, pois vai além desses princípios básicos, principalmente no entorno do Terminal Rodoviário, que possui um público em situação de rua, em sua maioria, formado por usuários de álcool e outras drogas, que se prostituem, mendigam e promovem baderna e vadiagem nas proximidades dos comércios, vias públicas e calçamentos.

 

    A Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do CREAS, vem fazendo abordagens, busca ativa e o cadastramento desses usuários pelo menos uma vez por semana, por vários anos e pouco tem se resolvido, haja vista da recusa de os mesmos quererem ajuda para sair dali. É oferecido aos mesmos, estadia na Casa de Passagem, mas devidos as regras internas do local de não poder ingerir bebidas alcoólicas ou outras drogas, de ter horários para entrada e saída, faz com que eles não queiram ficar abrigados. Oferecemos ainda o encaminhamento para tratamento de dependência química em parceria com o Desafio Jovem Ebenézer, e ainda, ofertadas passagens para o retorno desses usuários aos seus lares de origem. Mas essas pessoas preferem ficar ali, em condições precárias de sobrevivência e não podemos tirá-los ou encaminhá-los à força.

 

    O modo de vida dessas pessoas, nas ruas de Juína, chega às margens da desumanização e marginalização do indivíduo como ser humano com garantia de direitos, mas com a recusa de serem ajudados pelos poderes públicos, faz com que se coloquem de forma a esperar a morte lenta e silenciosa ocasionada pela segregação e estilo de vida escolhido por eles mesmos”.

 

TEXTO: Cláudio Diniz Soares Rosa Lino

 

    A Prefeitura Municipal está reunindo ideias e uma força tarefa está em curso para que se busque uma solução definitiva para essa situação, se preciso for será alcançado as esferas judiciais para que se possa ter protegida a integridade tanto dos moradores de rua quanto das pessoas que por eles circulam diariamente com pavor e cautela.