Os gastos com bens e serviços de saúde, no Brasil, atingiram R$ 424 bilhões em 2013, segundo levantamento divulgado hoje, 10 de dezembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do montante, R$ 234 bilhões foram despesas de famílias e instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias. Os R$ 190 bilhões restantes foram empregados pelo governo. Ou seja, no ano retrasado, as famílias brasileiras gastaram R$ 44 bilhões a mais que o governo com saúde.
Do total consumido na área de saúde, 77,6% do valor foram aplicados em custeio de serviços, como atendimento em hospitais, cirurgias e internações. Os medicamentos são responsáveis por 20,6% do valor.
Discriminadamente, o principal gasto das famílias foi com serviços de saúde privada, o que compreende os planos de saúde. De acordo com o levantamento, em 2013, as famílias gastaram cerca R$ 141,3 bilhões com anuidades dos referidos planos. Em oposição, o principal gasto do governo na área diz respeito a saúde pública: ao todo, R$ 149,9 bilhões foram gastos para manutenção do serviço e distribuição de medicamentos públicos no país.
Se considerados os dispêndios com saúde per capita, as famílias superam o governo em R$ 215,93. O que quer dizer que, enquanto os núcleos familiares gastaram para cada um de seus membros a média de R$ 1.162,14, o governo destinou R$ 946,21 para cada cidadão.
Gerador de renda
A participação do setor em relação a renda gerada no país aumentou quando comparado ao ano de 2010, o primeiro da série histórica traçada pelo IBGE. Naquele ano, a saúde arrecadava cerca de R$ 202,7 bilhões para os cofres públicos. Já em 2013, a arrecadação sobre o setor foi de R$ 297,1 bilhões.