No dia 24 de Março comemoramos “O Dia Mundial de Combate à Tuberculose”. A data foi criada em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch. O advento da epidemia do HIV/AIDS nos países endêmicos para tuberculose têm acarretado aumento significativo de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa e formas extrapulmonares. Embora sejam menos infectantes que os pacientes com baciloscopia positiva (bacilífiros), estes pacientes, em geral, são mais imunocomprometidos, apresentam mais reações adversas aos medicamentos e têm maiores taxas de mortalidade agravadas pelo diagnóstico tardio dessas formas. É frequente a descoberta da soropositividade para HIV durante o diagnóstico de tuberculose. Conforme os dados da vigilância epidemiológica ministério da saúde_ Brasília boletim de 2013, estima-se um total entre 718 á 720 mil casos de HIV/AIDS; sendo que: mantém-se a média de 39.185 casos novos por ano com cerca de 11.896 mortos todo ano.
Estudos recentes indicam que a probabilidade de um indivíduo infectado pelo HIV desenvolver a infecção tuberculosa após a exposição ao bacilo pode ser elevada em 25 vezes ao risco de desenvolver a forma mais grave que em um indivíduo não infectado elevando a presença de formas extrapulmonares e a alta letalidade dos casos. Estima-se no Brasil que, embora a oferta de testagem para HIV seja de aproximadamente 70%, apenas cerca de 50% tem acesso ao seu resultado em momento oportuno, com uma prevalência de positividade de 15%. Além disso, a tuberculose e a maior causa de morte entre pessoas que vivem com HIV, sendo a taxa de óbito na confecção de 20%. Em pacientes HIV positivos a apresentação clinica da tuberculose é influenciada pelo grau de imunossupressão e, de maneira geral, a investigação diagnóstica da tuberculose na confecção é semelhante à investigação na população geral, tendem a apresentar mais comumente perda de peso e febre e menos tosse e hemoptise quando comparados com pacientes não infectados pelo HIV. Apresentação pulmonar atípica e frequente na confecção é um sinal sugestivo de imunodeficiência avançada, sendo comum a presença apenas de infiltrado em segmento(s) inferior (es) e/ou linfadenomegalias no hilo pulmonar. É possível que o M. tuberculosis ative a replicação do HIV acelerando a progressão do quadro clínico da AIDS e o M. tuberculosis ativa-se mais precocemente que outros agentes oportunistas associados à AIDS, como o Pneumocystis carinii, em situações de diminuição das atividades normais do sistema imunológico.
AUTORIA DO TEXTO;
SECRETARIA DE SAÚDE
CTA/SAE
COORDENAÇÃO MUNICIPAL DST.S- HEP B/C HIV/AIDS ENF. ANDERLEI COLLARES NUNES
COORDENADOR DA HANSENÍASE E TUBERCULOSE ANTONIO DAMIÃO DA CRUZ