Juína recebeu nessa quinta-feira, 12 de setembro, a apresentação técnica do estudo de viabilidade técnica, econômica em ambiental da Hidrovia do Teles Pires/Tapajós/Juruena que deve ser concluído dentro de um ano. O prazo foi apontado, na apresentação das diretrizes dos trabalhos, pelo engenheiro de uma das empresas, Fabio Esperança, no auditório da Associação Comercial e Empresaria de Juína (Ascom). "E após isso a conclusão deve ser encaminhada ao governo federal para o pleito dos devidos investimentos".
Na apresentação, o engenheiro apontou que as ações são dividas em quatro trechos somando pouco mais de 2,5 mil quilômetros de extensão. O primeiro, no rio Tapajós, a partir de sua foz à confluência com os rios Juruena e Teles Pires, somando 843 quilômetros. O outro parte da confluência do rio Juruena com o Teles Pires até Sorriso, atingido 873 quilômetros. O terceiro da foz do rio Juruena até Juína, chegando a 600 quilômetros e o último, da foz do Rio Arinos até Porto dos Gaúchos (200 quilômetros). No Estado, o engenheiro também apontou que devem ser trabalhadas a integração entre os modais hidroviário, ferroviário e rodoviário.
Com isso, um dos segmentos abrangidos são "melhorias do fluxo de produtos e de usuários nos seus deslocamentos, incluindo nessa análise o potencial turístico regional, o aspecto de integração social das soluções analisadas e os principais problemas de impacto ambiental decorrentes das alternativas previstas, destacando-se as imposições e limitações legais existentes". Na abrangência do levantamento, ainda constam "aspectos ambientais, geométricos e geotécnicos, também com base em dados pré- existentes, para toda a região, a para da experiência em locais com problemas similares, soluções convencionais e não convencionais, avaliando custos e riscos envolvidos".
A região será beneficiada principalmente com o escoamento da produção, devido a consequente queda no preço do frete, partindo do Norte de Mato Grosso para o porto de Santarém, no Pará. Atualmente grande parte da produção no Estado é escoada por portos do Sudeste. A audiência foi promovida pela Ascom e também contou com a presença de representantes da Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental (AHIMOR) e da Companhia de Docas do Maranhão (CODOMAR) que acompanham os estudos.