Membros da rede de proteção participaram de um encontro na manhã de sexta-feira (26) para estudarem as estratégias de ação de combate a violência sexual contra crianças e adolescentes e, como a sociedade pode contribuir no combate a esse crime.
“É importante que a população entenda, que todos nós somos responsáveis pelas crianças”, disse Ana Paula, assessora da secretaria de assistência social.
A violência sexual pode estar em todos os lugares, diante dessa realidade é necessário unir forças para combatê-la. O Secretário de Assistência Social, Alessandro Barbosa, destacou que essa ação é fundamental para a continuidade dos trabalhos da secretaria.
“Quando se trata de direitos, a secretaria de assistência social levanta essa bandeira, não só a respeito dos direitos das crianças e adolescentes, mas também, dos idosos e mulheres”, destacou Alessandro Barbosa.
De acordo com Danielly Queiroz, psicóloga do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) em Juína, os registros de casos de violência durante a pandemia cresceram.
“É preocupante nesta época de pandemia, por que as crianças estão reclusas em casa, são vulnerávéis e dependentem dos adultos. Longe das escolas onde elas manifestam alguns sintomas de abusos, fica mais difícil para nós identificarmos casos de explorações que ocorrem no município, por isso, a denúncia é importante”, explicou a psicóloga.
O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA), Leandro Honório também participou do encontro.
"Nós estamos trabalhando com toda a rede de proteção e amparo as crianças e adolescentes, para conscientizar e mobilizar toda a população, e juntos discutirmos essa problemática”, ressaltou.
O presidente do Conselho Tutelar, Irineu Locatelli destacou que este é um início da campanha do 18 de maio, ele ressaltou que certos comportamentos que parecem ser naturais são na verdade crimes.
“Existem muitos casos que ocorrem com conhecimento da família e não são denunciados pelos familiares, por que eles acreditam que é normal, por exemplo, uma adolescente de 14 anos manter relações sexuais com um adulto, que muitas vezes resulta até em gravidez”, finalizou Irineu.