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NOTÍCIA

PREFEITURA DE JUÍNA E GOVERNO DO ESTADO SE UNEM PARA FOMENTAR A PRODUÇÃO DE CACAU

Data: Terça-feira, 28/04/2020 09:40

Nesta semana as primeiras mudas de cacau clonal, geneticamente mais produtivo e mais resistente à região começaram a ser produzidas no viveiro municipal para atender a um projeto de fomento à cacauicultura executado entre a Prefeitura de Juína e o Governo do Estado, que a  exemplo do incentivo à produção do café, estão empenhados em diversificar o número de culturas perenes desenvolvidas no município e região, mirando na sustentabilidade econômica do pequeno produtor. 

Durante visita ao viveiro, o prefeito de Juína, Altir Peruzzo, destacou que o município já desenvolve culturas como o café, o cupuaçu, o guaraná e a pupunha, e que tem agora no cacau uma nova modalidade para o incremento da economia local. Ele frisou a importância do governo do estado na execução deste projeto que vai atender também aos municípios de Brasnorte, Castanheira e Juruena.

O projeto é executado diretamente pela SAMMA - Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, SEAF - Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários, CEPLAC - Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira e EMPAER - Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural. A meta é produzir  90 mil mudas de cacau que serão plantadas em 60 hectares.

Segundo João Manoel, secretário municipal de Agricultura,  a tecnologia aplicada é fornecida pela CEPLAC regional de Rondônia. O órgão se tornou referência na geração e transferência de tecnologia voltada ao aprimoramento da produção cacaueira no Brasil. Hoje Rondônia produz cerca de 18 mil toneladas e concorre com estados tradicionais na produção de cacau, como a Bahia com 170 mil toneladas, e o Pará com 99 mil toneladas, respectivamente, primeiro e segundo colocados nacionais. 

O diretor do viveiro municipal, Eder Luiz Weber, frisou que as mudas se dão a partir da utilização do cacau clonal, geneticamente mais produtivo e mais resistente à vassoura de bruxa. Além de mais tolerante à maioria das pragas e adversidades, o cacau clonal é proveniente de enxertos de alta qualidade, e tem entre outras características, uma colheita em menor tempo que o cacau convencional.  

 

 A HISTÓRIA DO CACAU

O fruto, que hoje é conhecido mundialmente, teve sua origem, segundo a sua história que os Astecas, no México, e os Maias, na América Central foram os primeiros povos a cultivar o cacau. Ainda, fala-se também que antes mesmos dos primeiros colonizadores espanhóis chegarem à América, o cacau já era cultivado pelos índios. 


O cacau adquiriu seu espaço e foi ganhando importância econômica com a expansão do consumo de chocolate, e com isso várias tentativas foram feitas visando à implementação da lavoura cacaueira em regiões com condições de clima e solo semelhantes às de origem. E assim, suas sementes foram se disseminando gradualmente pelo mundo. 


Atualmente, falando em números, cerca de 90% de todo o cacau brasileiro é exportado, gerando divisas para o país. No período 1975/1980, o cacau gerou 3 bilhões 618 milhões de dólares. O Brasil é 5° produtor de cacau do mundo, ao lado da Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões.  Em 1979/80, a produção brasileira de cacau ultrapassou as 310 mil toneladas.

 

O FRUTO



O cacaueiro, que é uma planta estimulante, tropical, pertencente a família das Esterculiáceas, encontrada em seu habitat, nas Américas, tanto nas terras baixas, dentro dos bosques escuros e úmidos sob a proteção de grandes árvores, como em florestas menos exuberantes e relativamente menos úmidas, em altitudes variáveis, entre 0 e 1.000 m do nível do mar. 


Do fruto do cacaueiro se extraem sementes que, após sofrerem fermentação, transformam-se em amêndoas, das quais são produzidos o cacau em pó e a manteiga de cacau. Em fase posterior do processamento, obtém-se o chocolate, produto alimentício de alto valor energético. Envolvendo as sementes, encontra-se grande volume de polpa mucilaginosa, branca e açucarada, com a qual se produzem sucos, refrescos e geleias. Da casca extrai-se a pectina, que após simples processamento mecânico, se transformam em ração animal, ou ainda, por transformações biológicas, pode ser usada como fertilizante orgânico.