Membros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), catadores e trabalhadores do aterro de Várzea Grande, da Prefeitura de Várzea Grande, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e do Ministério Público, se reuniram no dia 17 de julho, no "lixão" de Várzea Grande, a pedido do juiz da Vara Especializada de Fazenda Pública da cidade, Jones Gattass Dias, para conhecer as reais condições do local, já que o prazo para transformar o "lixão" em um aterro sanitário terminará no dia 30 de agosto.
Para o engenheiro civil do Crea-MT, Archimedes Pereira Lima Neto, é impossível cumprir o prazo determinado pela lei nº12.305/2010 que instituiu o Plano de Resíduos Sólidos e a construção dos aterros sanitários em todos os municípios brasileiros até o fim de agosto deste ano. "A diferença entre o 'lixão' e o aterro sanitário é a maneira como os resíduos são manejados. Com a implantação do aterro, diminuiria a poluição e melhoraria a situação de trabalho dos catadores", disse Archimedes.
O "lixão" de Várzea Grande está localizado em um terreno de 137 hectares, "e deveria ser um aterro sanitário, se a legislação tivesse sido cumprida", disse Archimedes. "Faltam políticas públicas para resolver esse problema, porque é viável a transformação de um local utilizado como depósito de lixo em um local que poderá gerar renda para os trabalhadores que atuam em condição degradante atualmente", complementa o engenheiro.